quarta-feira, 11 de maio de 2011

As montanhas estão indo à Maomé


O impulso norteador para escrever algo sobre esse assunto foi a reportagem acima, chamada “Túmulo de Gadgets” da revista Galileu ed. de Outubro de 2010.

Desde que me entendo por gente, leio e discuto sobre um tema que será eternamente atual, Meio Ambiente, que nada mais é do que todo o espaço em nossa volta seja ele habitado ou não.
Os grandes meios de comunicação jamais alcançaram o nível máximo de transmitir notícias realmente úteis para o desenvolvimento urbano e social, por diversos motivos como, desconhecimento de caso, descaso e até mesmo conveniência. O que mais assistimos são pessoas, cidades e países inteiros se transformarem em gráficos “porcentageados”. E agora vem aquela pergunta clássica: “Você já parou pra pensar para onde vai o seu lixo?” Que comparado ao das grandes indústrias é insignificante?!

Pois é essa a problemática retratada pelo fotógrafo
Irlandês Andrew McConnel na favela da cidade de Accra, capital de Gana, África. Onde milhares de pessoas vivem na miséria e são expostas diariamente a altas doses de substancias tóxicas.
Atualmente, a autopromoção de empresas em cima de questões polêmicas como esta se tornou rotineira e lucrativa. Políticas devem ser regulamentadas para o controle dessa situação e cada empresa, responsabilizada pelo lixo que gera, ou garanta que terceiros consigam dar o devido fim.
Investimentos de empresas com foco na sustentabilidade e no trabalhador fazem da gestão de resíduos uma forma de inclusão social, resultando em um setor totalmente independente da empresa, que vai gerar novos empregos e expandir essa consciência.

E a Arquitetura, onde entra nisso?¿
Esse será o tema da segunda parte deste texto e já aviso de antemão que atrasos serão frenquentes por aqui.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Compromisso!


“ Juro que ao exercer a profissão de Arquiteto e
Urbanista, terei sempre presente, que estarei
projetando espaços para a vida, para o bem estar
da coletividade, tendo como pressuposto as
questões da ética profissional, buscando, ainda, a
universalização do acesso a um “habitat”
adequado e moradia digna, por meio de soluções
compatíveis com a natureza da demanda Sócio econômica
de todos os grupos que compõem a nossa sociedade,
para que esse direito à moradia seja para todos,
o direito de se ter um lugar para se viver, sonhar e morar
com dignidade, alegria e esperança.”

Assim eu juro!


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Arquitetura do medo - 2ª Parte:

E Criciúma onde entra nisso?!
Como qualquer outra cidade em processo de desenvolvimento, Criciúma já apresenta todos os
problemas de uma grande metrópole, as únicas diferenças, é claro: quantidade e intensidade.
Por mais singular que seja sua história, seu desenvolvimento reflete o que um dia foi o somente local de passagem e por necessidade se transformou em vila, logo, em cidade.
Conhecida como pólo do carvão, teve grande parte dos recursos naturais removidos sem favorecimento aos trabalhadores mineiros e total desatenção ao meio ambiente. E como resultado disto existe uma demanda da população que forçadas pela miséria habitam espaços impróprios para moradia: arredores de minas e aterros de pirita que ocasionam sérios problemas respiratórios, sem falar na falta de investimentos urbanos por parte da prefeitura, deixando esgotos a céu aberto, ruas sem iluminação, pavimentação e todos os demais quesitos básicos para uma comunidade viver em equilíbrio.

Olhando a cidade perifericamente é visível o crescimento da indústria da Construção Civil, dirigidas fortemente por construtoras locais e imobiliárias que lotam nossos jornais com suas propostas de compra e venda.
A especulação imobiliária não se importa com a qualidade dos imóveis e sim com quantidade, o projeto imobiliário não se resume mais ao profissional arquiteto ou engenheiro, mas aos financiadores da obra e seus interesses. A venda feita por corretores preocupados com a farta comissão, mascaram a realidade dos imóveis de hoje que são padronizados, sem identidade, pequenos, murados e/ou gradeados sem integração com a rua e com a própria cidade.

O caos que assistiremos num curto espaço de tempo no trânsito (com aumento natural das frotas e aumento nas tarifas do transporte público), nos bairros (com aumento das construções clandestinas e marginalização), no centro (com as enchentes resultantes da falta de estruturação urbana) revelam o déficit de profissionais e órgãos públicos preocupados com o verdadeiro desenvolvimento de nossa cidade.

Esses órgãos limitadores devem ater-se mais as questões sociais embora o interesse não seja o mesmo para uma melhor conscientização sobre a função social das edificações assim como conscientização ambiental, urbanística e econômica.

Eu como estudante de arquitetura, me nego a concordar e fazer parte desse sistema individualista tendo como base para impulso, arquitetos que realmente buscam aliar forças para fazer verdadeiros trabalhos arquitetônicos e sociais.

Recomendo:
Blog do Arq. Tomaz Lotufo - http://www.bioarquiteto.com.br/
ANEL - "Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre - http://www.anelcriciuma.blogspot.com/



quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Arquitetura do medo - 1ª Parte:

MEDO – conforme definição do Wikipédia (Enciclopédia Livre): “É um sentimento que proporciona um estado de alerta, demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado tanto fisicamente como psicologicamente".

E tendo por base esse sentimento, faço uma relação com a arquitetura, o urbanismo e claro, com a política social.

Já se passaram os tempos da Arquitetura Antiga (Idade Média) Grega / Romana, em que se estabeleciam grande rigor nas dimensões das edificações que geralmente concentravam-se no âmbito religioso, como eram por exemplo, os templos. Se formos seguindo a historia esse contexto de monumentalidade foi perdendo força dando espaço a novos conceitos, usos e materiais. A monumentalidade em si transmite a sensação de imponência coagindo o povo ao respeito.

A arquitetura atual dita contemporânea segue diversas tendências modernas, tecnológicas, sustentáveis entre outras. Cada uma com sua utilidade e pretensão, porém, com duas grandes problemáticas: a insegurança pessoal e o medo na cidade, conseqüências de um sistema político social ineficiente, baseado na sustentação de uma estrutura hierárquica e não coletiva, reforçando a exclusão social.

Sendo assim, diante de uma população “moderna”, onde mais de 50% é desestruturada e com livre acesso a meios que podem gerar violência, nada mais comum do que a necessidade de segurança se tornar mais um item dentre tantos para a almejada qualidade de vida – citada por Oscar Niemeyer como, integração social com o meio, transparência e flexibilidade.

Tal medo surge com a incapacidade individual de não conseguir garantir o próprio sustento de suas necessidades aliado aos problemas urbanos diários, como: roubos, assaltos à mão armada, acidentes, violência, etc. O cidadão passa a ver o outro como possível inimigo, restringindo o contato com a vizinhança, esquecendo o conceito de cidadania e solidariedade, trancafiando-se em grandes casarões murados com um sistema de segurança avançado (caso da classe média alta e classe alta), em condomínios fechados ou edifícios. Enquanto isso na periferia... As condições de moradia são precárias ou em locais inadequados (chamadas construções clandestinas), construídas sem acompanhamento profissional e autorização dos órgãos competentes, onde a única lei é de que cada um se defende como pode.

Peço desculpas pela demora na atualização e deixo a parte inicial de uma discussão que chegará até a cidade onde vivo, Criciúma.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Além da Experiência




Durante a semana acadêmica do curso realizada no 1º semestre de 2010, tive a oportunidade de aprender a fazer um forno ecológico, construído apenas de
tijolo maciço, barro e açúcar.

O convite para ministrar a oficina em Turvo, partiu do Profº José Pedro Idalino com quem também tinha aulas de filosofia. A atividade foi ensinar o Terceirão II da Escola E. B. João Colodel, a fazer um forno de pizza ecológico no dia 24/06, que foi utilizado depois na feira de ciências da escola no período entre 28/06 e 29/06.

Dar uma de professora foi uma experiência muito válida e divertida, que com certeza, espero realizar mais vezes. Agradeço ao Professor Zé pela oportunidade e a Turma toda está de parabéns, Abraços.

Matéria no site da UNESC